Gênero Stand-Up Comedy ganha cada vez mais espaço
no humor brasileiro
Quem é que não gosta de se acabar de rir, de soltar as amarras, livrar-se um pouco da chatice do trabalho e das responsabilidades? Pois é exatamente isso que os humoristas que desenvolvem o estilo Stand-Up Comedy proporcionam a quem os assiste. O termo vem do inglês, e literalmente traduzindo, significa comédia em pé.
O sucesso do gênero, que caiu nas graças dos brasileiros, não é difícil de explicar. O comediante sobe ao palco, onde se apresenta, de “cara limpa”, exatamente como é: engraçado, rápido, observador, crítico. Suas piadas são criadas a partir do dia-a-dia, das pessoas que convivem com ele e da rotina que ele tem. É uma arte sem artifícios: nada de efeitos de iluminação, figurinos, cenários ou maquiagem. Palco, humorista, microfone e o público, nada mais.
O estilo foi fartamente difundido nos Estados Unidos e consagrou feras como Jerry Seinfeld, Bill Cosby, Ray Romano, Ellen DeGeneres, entre tantos outros.
No Brasil, José Vasconcellos foi o grande “one-man-show”, um precursor do gênero, seguido de Chico Anysio e Jô Soares.
O "boom" do stand up comedy no Brasil começou em 2004, quando foi fundado em São Paulo o Clube da Comédia por Marcelo Mansfield, Rafinha Bastos (hoje no CQC e A Liga) e outros humoristas. Logo em seguida, em 2005, surgiu o grupo carioca Comédia em Pé, criado pelos atores e diretores Claudio Torres Gonzaga, Fernando Caruso, Paulo Carvalho e Fábio Porchat. O grupo atualmente está em fim de temporada no Rio, se preparando para sair em turnê por várias cidades do país.
O que era “brincadeira” ou hobby, para muitos começou a assumir uma proporção não esperada e mais profissional, com os clubes de comédia stand up crescendo a cada dia, especialmente no Rio, São Paulo e Curitiba.
A internet foi fundamental para ajudar a integrar essa galera. Vídeos no You Tube, blogs e comunidades no orkut colaboram para despertar o interesse e o intercâmbio entre os inúmeros grupos existentes. Na televisão temos uma série de programas com o mesmo formato e um dos mais conhecidos atualmente são os do Grupo Barbixas, que se apresentaram em Campo Grande nos dias 22/23/24 de Abril e que tive a oportunidade de estar presente e valeu a pena!! As imagens aqui apresentadas são do roteiro da peça, aliás, tão criativo, inteligente e engraçado quanto os atores da peça.
Descompromissado, porém com regras.
O humorista tem que ter coragem de subir ao palco sozinho, munido apenas de um microfone, sem adereços, coreografias. Como companhia, no máximo, um banquinho – afinal, até o stand up pode querer ter seu momento de sit down, porque ninguém é de ferro. Só é permitido se apresentar com texto próprio e não são aceitas piadas que já caíram em uso popular ou que foram difundidas pela Internet.
Portanto, nada das velhas anedotas de português, de papagaio, de loira. Todas têm que ser inéditas. E é por isso que o texto é constantemente renovado e testado.
Galera "Teen" também faz parte da nova safra do humor brasileiro
Mas quem pensa que só adulto participa das brincadeiras e gosta das críticas e alfinetadas sociais está muito enganado. As iniciativas como o open mic também estimulam o aparecimento de novos talentos, mesmo os ainda muito jovens, como os adolescentes Daniel Belmonte, de 14 anos, Laila Ezagui, de 17 e José Sapir, de 16 anos. Eles mostram que pra fazer humor não tem idade.
- Eu, como sou novinho e tenho cara de mais pirralho ainda, brinco justamente com isso. Meus textos são sobre o dia-a-dia no colégio e a hora da merenda. Tem palavra mais engraçada para definir o rango do intervalo, do que merenda? Quem é que nunca passou por essas coisas e lembra de algo engraçado do colégio? – brinca Belmonte, que está no 1º ano do Ensino Médio.
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