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... Especialistas afirmam que a infância é a melhor fase para o aprendizado.
Especialistas afirmam que crianças pequenas têm facilidade em aprender uma nova língua. Mas será esse conceito mito ou realidade? Para o professor, especialista em redes neurais e doutor em Física Médica Marcelo Mazza isso é um fato. A infância é a melhor fase para aprender outro idioma. Nela, o aprendizado tem que ser lúdico, com brincadeiras, sons, músicas e diálogos, por ainda não existir a capacidade de lidar com conceitos abstratos.
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“Não é recomendado a crianças de 3 anos aprenderem uma nova língua porque seria mais estressante do que divertido. Se ela já tem quatro, é vantajoso porque o aprendizado de línguas no cérebro vai sendo organizado. Quando você é adulto, o cérebro é dividido em camadas celulares, como um biscoito wafer, e cada idioma fica armazenado em uma delas. Nas crianças, não, o cérebro é como se fosse um pudim”, explica Marcelo Mazza.
Enquanto adultos têm dificuldade de interagir com pessoas de três nacionalidades distintas ao mesmo tempo, as crianças conseguem distinguir e participar da conversa. Essa facilidade dá-se justamente pelo processo de formação do cérebro, responsável pela coexistência das línguas. É extremamente vantajoso para ela ser exposta a pelo menos dois idiomas.
“O neurodesenvolvimento tem fases. O desenvolvimento da linguagem acontece de zero a seis anos. Depois disso, a estrutura de linguagem se constrói. A partir dos sete anos, a criança já começa a aprender o idioma como se fosse adulto, a estrutura do cérebro é a forma de wafer, mas ainda flexível. Quando chega aos onze anos, pré-adolescência, a formação do cérebro já é de um adulto em termos de linguagem e a vantagem da infância se perde, o wafer não é mais flexível”, acrescenta o especialista.
Enquanto adultos têm dificuldade de interagir com pessoas de três nacionalidades distintas ao mesmo tempo, as crianças conseguem distinguir e participar da conversa. Essa facilidade dá-se justamente pelo processo de formação do cérebro, responsável pela coexistência das línguas. É extremamente vantajoso para ela ser exposta a pelo menos dois idiomas.
“O neurodesenvolvimento tem fases. O desenvolvimento da linguagem acontece de zero a seis anos. Depois disso, a estrutura de linguagem se constrói. A partir dos sete anos, a criança já começa a aprender o idioma como se fosse adulto, a estrutura do cérebro é a forma de wafer, mas ainda flexível. Quando chega aos onze anos, pré-adolescência, a formação do cérebro já é de um adulto em termos de linguagem e a vantagem da infância se perde, o wafer não é mais flexível”, acrescenta o especialista.
Experiência positiva
Com o acesso das crianças à internet, hoje em dia é comum o interesse por uma nova língua. Maria Eugênia Sanson, diretora acadêmica de um curso de inglês, acredita que o aprendizado abre uma janela para o mundo. É o começo de um contato com outra cultura, da prática da tolerância e passa a ser uma experiência positiva para levar à vida adulta.
“Quando você aprende desde cedo tem esse sentimento prazeroso na memória. A criança não tem a inibição, está pronta para o aprendizado, ela não tem experiências negativas que possam travá-la, isso já a deixa mais aberta. No adulto, existe um nível de cobrança que na criança não tem. É o processo natural, a criança brinca, dramatiza”, destaca Maria Eugênia.
Em termos linguísticos, quando a criança é nova, o aparelho fonador ainda está em formação e existe uma adaptação da pronúncia. Ao ser exposta ao idioma, nos primeiros anos de idade, sua audição fica apurada com o tempo.
“Quando você aprende desde cedo tem esse sentimento prazeroso na memória. A criança não tem a inibição, está pronta para o aprendizado, ela não tem experiências negativas que possam travá-la, isso já a deixa mais aberta. No adulto, existe um nível de cobrança que na criança não tem. É o processo natural, a criança brinca, dramatiza”, destaca Maria Eugênia.
Em termos linguísticos, quando a criança é nova, o aparelho fonador ainda está em formação e existe uma adaptação da pronúncia. Ao ser exposta ao idioma, nos primeiros anos de idade, sua audição fica apurada com o tempo.
Pais de nacionalidades distintas
Uma criança com pais de nacionalidades diferentes pode demorar um pouco a falar, mas isso ocorre na minoria dos casos. Normalmente, ela fala na mesma idade das outras crianças, apenas mistura palavras. Se a mãe for brasileira, e o pai de língua inglesa, por exemplo, o que pode acontecer é ela chamar a cadeira de desk (carteira em inglês).
“Durante o desenvolvimento ela fala normalmente. Vai confundir a língua no início, mas não há estudo que indique dificuldade. O que acontece, e as pessoas confundem, é que há crianças que se calam. Ela é neurologicamente normal, mas demora a falar porque quer dizer tudo corretamente e espera mais tempo para ter domínio da linguagem”, explica Marcelo Mazza.
Uma criança com pais de nacionalidades diferentes pode demorar um pouco a falar, mas isso ocorre na minoria dos casos. Normalmente, ela fala na mesma idade das outras crianças, apenas mistura palavras. Se a mãe for brasileira, e o pai de língua inglesa, por exemplo, o que pode acontecer é ela chamar a cadeira de desk (carteira em inglês).
“Durante o desenvolvimento ela fala normalmente. Vai confundir a língua no início, mas não há estudo que indique dificuldade. O que acontece, e as pessoas confundem, é que há crianças que se calam. Ela é neurologicamente normal, mas demora a falar porque quer dizer tudo corretamente e espera mais tempo para ter domínio da linguagem”, explica Marcelo Mazza.
O especialista em redes neurais e doutor em Física Médica conclui: “Depois, pouco mais para frente, a criança vai falar o português corretamente com a mãe e o inglês com o pai devido à reação deles. Assim que ela chegar aos 2 anos, já consegue distinguir e falar as línguas corretamente. Em hipótese nenhuma ela terá prejuízo. Pelo contrário. Uma criança que passa por isso, no futuro, tem mais facilidade porque o cérebro ganha um substrato mais organizado para receber idiomas”.